sistemas de magia

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Magia ascética
Magia de natureza ascética enquadra todos os sistemas de pensamento místico e religioso que defendem a verdadeira pratica esotérica como tendo fundamento única e exclusivamente a traves de processos espirituais. Estes sistemas advogam que o corpo é um mero invólucro sem qualquer valor, e que o corpo deve ser totalmente excluído do processo de evolução espiritual. Apenas pela abstinência, oração, meditação e privação física, é que um espírito pode pretender, seja produzir um efeito milagroso e mágico neste mundo, seja ascender espiritualmente. O isolamento, a privação, o processo mental interior, são para estes magos e sacerdotes, a única forma de verdadeira produção espiritual. A magia ascética costuma encontrar escolas de pensamento com certo grau de equivalência teológica, na magia branca, assim como na magia relacionada com os anjos e entidades celestiais angélicas.
Magia branca
Sistema de crenças religiosas e mágicas, que professa a existência de entidades espirituais boas, (brancas), por oposição a entidades espirituais más, (negras), e que no decorrer desse principio teológico, advogam que apenas se devem contactar com as forças espirituais «brancas» para alcançar os fins desejados. Este sistema mágico é profundamente influenciado pelas crenças das religiões Abraamicas, sendo que por outro lado, em muitos sistemas religiosos politeístas, as divindades não eram tidas como «brancas» nem «negras», não tão somente entidades espirituais. Nos sistemas de magia branca, podemos encontrar quatro grandes escolas:
* Magia Encohiana, fundada na mítica figura bíblica e apócrifa de Encoh;
* Magia de Abramelim, dirigida ao contacto com os anjos;
* Magia Cabalista, a vertente mística do judaísmo;
* Magia gnóstica, a vertente mística do cristianismo
Magia do Caos
Muitos afirmam que a Magia do Caos é um ramo descendente das tradições místicas fundadas por Aleister Crowley. A Magia do Caos nasce dos trabalhos e textos originais de Austin Osman Spare, um antigo seguidor de Crowley. A Magia do Caos cruza-se fortemente com a magia Xamanica e a Magia Sexual. Alias, a magia do caos é caracterizada pelo seu princípio ecléctico, ou seja, pelo paradigma a que alguns chamam… da «pirataria». A magia do caos credita técnicas, conceitos e princípios a quaisquer fontes de conhecimento místico que sejam susceptíveis de produzir fortes resultados.
Magia Wicca
A magia Wicca descende fundamentalmente das ancestrais crenças religiosas da Europa. A crença na Grande Deusa era professada em toda a latitude e longitude do espaço europeu pré-cristianizado, desde o norte da Europa á península ibérica. Os celtas foram talvez os mais reconhecidos praticantes da magia que mais tarde veio a ser conhecida por «wicca», mas na verdade tratava-se de uma crença amplamente divulgada. Com o evento do Cristianismo, as crenças religiosas e mágicas pagas foram altamente reprimidas, e terá sido neste momento em que as praticas espirituais européias foram forçadas a ser praticadas em rigoroso secretismo, (professar estas religiões e sistemas mágicos era punido com tortura e morte na fogueira), que nasceu um quadro de diferentes movimentos religiosos distintos. A velha religião européia evoluiu assim para uma série de sistemas mágicos diferentes:
* Alguns, mantendo a pureza das tradições religiosas, acabaram fundando o sistema que séculos mais tarde seria conhecido por Wicca;
* Outros, incorporando nas velhas crenças, conceitos do cristianismo, (como o de anjos, de demônios, de Diabo, etc.), evoluíram diferentemente e acabaram séculos mais tarde por formar o sistema religioso denominado simplesmente por «bruxaria»
A magia Wicca, possui uma forte componente de contacto com espíritos El ementais, ou seja, tanto espíritos que incorporam nas forças da natureza, como entidades que são emanações das próprias forças da natureza.Igualmente na perspectiva das tradições esotéricas mais ancestrais que procuram a relação e o contacto com espíritos elementais, encontramos também a magia Celta.Tanto a Magia Wicca com a Magia Celta, são sistemas mágicos sustentados numa crença religiosa politeísta, na qual se professa a fé em Deuses e Deusas, bem como visões mitológicas próprias. A Magia Celta, assumirá, contudo contornos de druidismo, o que virá a enquadrar na classe dos sistemas mágicos xamanistas.
Magia negra
Sistema de crenças mágicas, que professa a existência de entidades espirituais terrenas, por oposição a entidades espirituais celestiais, e que no decorrer desse princípio teológico, advogam que o tratamento eficaz de assuntos relacionados com as nossas vidas terrenas, apenas pode encontrar resposta nas entidades espirituais terrenas. Algumas doutrinas de magia negra, defendem que os espíritos celestiais são espíritos iluminados e evoluídos, por isso ascendido a esferas existencial superiores, e em conseqüência excluídos de uma influência direta com este mundo. Esses seres de luz são fundamentais na nossa evolução espiritual, mas são espíritos «inúteis» quando se trata de abordar assuntos terrenos. Tratando-se de espíritos distantes e que não oferecem respostas aos assuntos práticos deste mundo terrena, em magia negra procura comunicar com espíritos terreais. Enquanto que a magia wicca procura um grande parte um contacto com espíritos elementares, a magia negra procura grandemente um contacto com espíritos terrenos. Espíritos terrenos são espíritos desencarnados, e que vagueiam pelo nosso mundo. Desde espíritos de pessoas falecidas, a espíritos de antepassados, a espíritos ancestrais, a espíritos de anjos caídos e exilados neste mundo, a magia negra faz por alcançar todas essas forças e influências de forma vantajosa. Nessa perspectiva, a chamada magia negra dos nossos dias, é na verdade a ancestral «necromancia» praticada á milhares de anos atrás. Normalmente, o conceito de magia negra engloba as praticas de:
* Magia demoníaca, (goetia)
* Satanismo
* Luciferianismo
* Necromancia
Um dos sistemas religiosos e mágicos que procura o contacto com espíritos ancestrais, podendo usar esse processo espiritual para fins de magia branca ou magia negra, é o Vodu, e as religiões africanas em geral. Contudo, não é licito catalogar tais praticas religiosas como típicas de magia negra, muito pelo contrário.
Magia vermelha
Muitos defendem que a magia vermelha é um ramo independente da magia, ao passo que outros a situam no plano da magia negra. Por outro lado, alguns defendem tratar-se de uma forma de magia relacionada com o sangue, ao passo que outros afirmam tratar-se antes de uma pratica mágica relacionada com assuntos de natureza sexual, erótica e amorosa. Nas religiões Afro-Brasileiras, alguns estudiosos apontam que a magia vermelha é toda aquela que se encontra dirigida a entidades femininas e luxuriosas, com finalidades essencialmente afetivas ou sexuais. Nos exemplos mais conhecidos desta tese, podemos encontrar Maria Padilha. Outros exemplos desta relação com entidades espirituais relacionadas com a carnalidade podem encontrar com particular destaque na religião Vodu. Na religião crista, a magia vermelha é tida como um apelo a entidades demoníacas ligadas á luxúria e ao sangue e por isso, uma mera vertente da magia negra.
Magia Natural
Sistema mágico que procura encontrar nas propriedades espirituais secretas de elementos naturais, a resposta para assuntos da nossa vida. A magia natural faz uso por isso de terapias mágicas que passam pela administração de banhos, o uso de incensos, óleos, essências, pedras, cristais, etc. Na sua grande maioria, todo o procedimento ritualista das demais pratica mágicas, acabam por incorporar alguns destes elementos e princípios nos seus processos místicos. A magia celta, a magia egípcia, a magia africana, a religião Vodu e a magia wicca, são alguns dos sistemas mágicos que incorporam fortemente esta componente de magia natural.
Magia Sexual
A magia que por oposição á magia ascética, defende que o corpo é uma parte fundamental do processo mágico e do caminho de evolução espiritual. O corpo como instrumento de produção de energias espirituais, é o postulado fundamental da magia sexual. A magia sexual não pode conceber a distinção compartimentada entre corpo e espírito, uma vez que professa que um corpo necessita de um espírito, tal como um espírito necessita de um corpo, da mesma forma que não haveria luz sem trevas, nem morte sem vida, nem positivo sem negativo. Este princípio dialético é fundamental á filosofia da magia sexual. Um corpo habita um espírito, um espírito vive num corpo. Por assim ser, o corpo beneficia do espírito e o espírito usufrui do corpo, e ambos constituem uma essência. Por assim ser, tendencialmente a magia sexual tende a advogar o processo de reencarnação, ou seja, a crença em que o espírito procura o corpo, assim como um corpo não vive sem espírito, e todo este processo corresponde a um grande ciclo de migração de almas. Na antiguidade a magia sexual foi praticada no Egito, Babilônia, Grécia, etc… pelos sacerdotes dos templos dedicados a divindades femininas relacionadas com a fertilidade, guerra e prosperidade. Nos tempos modernos, a magia sexual foi amplamente divulgada por magos como Aleister Crowley. A magia sexual, através dos seus mais distintos sistemas, tem ao longo dos tempos procurado produzir pelos seus rituais, influencias espirituais poderosas sobre o nosso mundo.
Xamanismo
Muitos chamar-lhe-iam, apenas: «a crença nas profundas e poderosas capacidades espirituais de um homem/uma mulher». No xamanismo, é professada a crença em que o homem, usando de certos meios rituais, pode induzir-se a estados alterados de consciência que lhe permitem aceder ao mundo dos espíritos. Ao fazê-lo, o homem pode não só sintonizar-se em plena harmonia com o mundo espiritual, como com o mundo terreno. Ao fazê-lo, o homem pode também produzir efeitos benéficos, tanto no mundo terreno como no mundo espiritual. No Xamanismo, não existe a clássica distinção entre mundo físico e mundo espiritual, como se se tratassem de duas realidades distintas e separadas. No Xamanismo ambos os mundos, (físico e espiritual), são realidades paralelas que se entrecruzam permanentemente, são fios distintos contudo entrelaçados na mesma rede, formando o grande tecido cósmico. O Xaman é tanto aquela mulher como aquele homem, que fazem a «ponte» entre estes dois mundos entrelaçados entre si. O Xaman consegue descobrir a porta que ninguém consegue ver e que conduz ao mundo espiritual, entrando por ela e regressando. Muitas das religiões nativas do continente americano, bem como africano, (e dos respectivos sistemas de crenças Afro-Brasileiros, dos Índios Americanos, etc.) têm origem nos princípios Xamanistas. O Xamanismo na magia européia assumiu forma na magia Druidica.
Magia Musical
Na bíblia, são reconhecidos exemplos em que profetas usam a música para espantar demônios, ou mesmo ouvem musica de forma a atingir estados proféticos. Pois esta crença persistiu desde os templos bíblicos aos dias de hoje, e Juan ita Wescott foi a sua maior estudiosa e defensora. Muitos defensores destes princípios, hoje em dia suportam as suas teses nas mais avançadas descobertas da física quântica, advogando que o universo é constituído na sua essência por cordas energéticas que vibram em freqüências subatômicas. Assim sendo, a musica, (que é em si um conjunto de freqüências harmonicamente compostas), seria uma das formas de abrir a porta ao mundo espiritual, influenciando a consciência de forma a que ela consiga penetrar nos tecidos mais íntimos da existência, e contactar com o mundo espiritual. Muitas teses cabalistas foram também associadas a esta escola de pensamento místico. Segundo essas teses, defende-se que os nomes de Deus e dos anjos são tão secretamente conservados em segredo, pois enunciados eles emanam vibrações sonoras, (musicais), que abrem a porta ao mundo espiritual, aos seus segredos e ao seu poder.
Magia Planetária
Remontando aos tempos babilônicos, a magia planetária, também conhecida por magia astrológica, é o sistema de magia que considera as influências astrológicas dos corpos celestes sobre as nossas vidas, (outrora essas forças cósmicas foram designadas na forma de deuses), e atua por via de processos místicos, de forma a usar dessas influências celestiais para fins vantajosos. Enquadrada no sistema de magia planetária ou cósmica, pode encontrar uma das suas mais fortes expressões em:Magia Lunar

Horóscopo Grego

Este é o horóscopo que mais conhecemos e utilizamos.
Divididos em 12 signos zodiacais, eles influenciam nossa vida, nos ajudando a nos entender melhor e a termos uma melhor visão de nós em relação aos outros.

Áries - 21 de março a 20 de abril
Libra - 23 de setembro a 22 de outubro
Touro - 21 de abril a 20 de maio
Escorpião - 23 de outubro a 21 de novembro
Gêmeos - 21 de maio a 20 de junho
Sagitário - 22 de novembro a 21 de dezembro
Câncer - 21 de junho a 20 de julho
Capricórnio - 22 de dezembro a 20 de janeiro
Leão - 21 de julho a 22 de agosto
Aquário - 21 de janeiro a 19 de fevereiro
Virgem - 23 de agosto a 22 de setembro
Peixes - 22 de fevereiro a 20 de março

Horóscopo Chinês

A antiga China considerava a vida do céu em sua totalidade, incluindo a ordem regular de suas manifestações, em relação com a vida vegetal, animal e humana.
O Universo espaço-tempo era visto essencialmente em suas relações com as fases periódicas da vida sobre a terra e das atividades do homem na sociedade. O imperador era concebido como sacerdote de uma religião celeste, conexão entre os homens e o Deus que habitava o pólo norte.
Cabia aos astrônomos observar a posição de certos astros no momento do nascer e do pôr do Sol, a fim de estabelecer a estação por meio posições do sol em relação a algumas estrelas fixas. Isso permitiu construir um calendário solar estreitamente ligado às atividades agrícolas sazonais.
A duração do ano solar, é de 365 dias e 1/4, mas para fins normais, não se considerava a fração do dia, e eram utilizados três anos de 365 dias e um de 366. O ano era dividido em doze partes iguais que se chamavam Chong-chi. Esse calendário solar estava relacionado a um calendário lunar, baseado nos movimentos mensais da lua.
O horóscopo chinês baseia-se no calendário lunar, isto é, nas doze lunações de 29 dias e meio cada.
Procure na tabela abaixo qual o seu signo no horóscopo chinês.

RATO
31/01/1900 a 18/02/1901 18/02/1912 a 05/02/1913 05/02/1924 a 24/01/1925 24/01/1936 a 10/02/1937 10/02/1948 a 28/01/1949 28/01/1960 a 14/02/1961 15/02/1972 a 02/02/1973 02/02/1984 a 19/021985


BÚFALO
19/02/1901 a 07/02/1902 06/02/1913 a 25/01/1914 25/01/1925 a 12/02/1926 11/02/1937 a 30/01/1938 29/01/1949 a 16/02/1950 15/02/1961 a 04/02/1962 03/02/1973 a 22/01/1974 20/02/1985 a 08/02/1986


TIGRE
08/02/1902 a 28/01/1903 26/01/1917 a 13/02/1915 13/02/1926 a 01/02/1927 31/01/1938 a 18/02/1939 17/02/1950 a 05/02/1951 05/02/1962 a 24/01/1963 23/01/1974 a 10/02/1975 09/02/1986 a 28/01/1987


COELHO
29/01/1903 a 15/02/1904 14/02/1915 a 02/02/1916 02/02/1927 a 22/01/1928 19/02/1939 a 07/02/1940 06/02/1951 a 26/01/1952 25/01/1963 a 12/02/1964 11/02/1975 a 30/01/1976 29/01/1987 a 16/02/1988


DRAGÃO
16/02/1904 a 03/02/1905 03/02/1916 a 22/01/1917 23/01/1928 a 09/02/1929 08/02/1940 a 26/01/1941 27/01/1952 a 13/02/1953 13/02/1964 a 01/02/1965 31/01/1976 a 17/02/1977 17/02/1988 a 05/02/1989


SERPENTE
04/02/1905 a 24/01/1906 23/01/1917 a 10/02/1918 10/02/1929 a 29/01/1930 27/01/1941 a 14/02/1942 14/02/1953 a 02/02/1954 02/02/1965 a 20/01/1966 18/02/1977 a 06/02/1978 06/02/1989 a 26/01/1990


CAVALO
25/01/1906 A 12/02/1907 11/02/1918 a 31/01/1919 30/01/1930 a 16/02/1931 15/02/1942 a 04/02/1943 03/02/1954 a 23/01/1955 21/01/1966 a 08/02/1967 07/02/1978 a 27/01/1979 27/01/1990 a 14/02/1991


CABRA
13/02/1907 a 01/02/1908 01/02/1919 a 19/02/1920 17/02/1931 a 05/02/1932 05/02/1943 a 24/01/1944 24/01/1955 a 11/02/1956 09/02/1967 a 28/01/1968 28/01/1979 a 15/02/1980 15/02/1991 a 03/02/1992


MACACO
02/02/1908 a 21/01/1909 20/02/1920 a 07/02/1921 06/02/1932 a 25/01/1933 25/01/1944 a 12/02/1945 12/02/1956 a 30/01/1957 29/01/1968 a 16/02/1969 16/02/1980 a 04/02/1981 04/02/1992 a 22/01/1993


GALO
22/01/1909 a 09/02/1910 08/02/1921 a 27/01/1922 26/01/1933 a 13/02/1934 13/02/1945 a 01/02/1946 31/01/1957 a 15/02/1958 17/02/1969 a 05/02/1970 05/02/1981 a 24/01/1982 23/01/1993 a 9/02/1994


CÃO
10/02/1910 a 29/01/1911 28/01/1922 a 15/02/1923 14/02/1934 a 03/02/1935 02/02/1946 a 21/01/1947 16/02/1958 a 07/02/1959 06/02/1970 a 26/01/1971 25/01/1982 a 12/02/1983 10/02/1994 a 30/01/1995


JAVALI
30/01/1911 a 17/02/1912 16/02/1923 a 04/02/1924 04/02/1935 a 23/01/1936 22/01/1947 a 09/02/1948 08/02/1959 a 27/01/1960 27/01/1971 a 14/02/1972 13/02/1983 a 01/02/1984 31/01/1995 a 18/02/1996

Horóscopo Egípcio


Trinta séculos antes de cristo, no nordeste da África, começou a florescer uma civilização que no decorrer dos tempos se transformaria na civilização mais importante do Mundo Antigo: a civilização egípcia.
A história do Egito e de sua cultura ainda fascina historiadores e arqueólogos que há muito tempo se empenham em desvendar os mistérios desta civilização, principalmente por ela nos ter legado uma arte das mais refinadas e o primeiro grande sistema religioso da humanidade.
Todo o saber sobre as ciências ocultas dos sacerdotes egípcios estava guardado nos grandes templos, e poucos eram os que podiam ter acesso a esses conhecimentos. Entre essas ciências, uma das mais importantes era a Astrologia, cujos princípios, para os egípcios, estavam intimamente ligados à religião.
No ano de 2769 a.C., o sábio Imothep inventou o calendário egípcio, que tinha 365 dias e também estava dividido em doze meses. Embora muito próximo do nosso calendário, ele possuía apenas três estações, pois os egípcios não conheciam o inverno, estas estações eram chamadas: Akhet (a enchente), Peret (a emersão) e Chemu (a aridez). Além disso, o ano egípcio começava no dia em que a estrela Sothis (Sirius) surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos faraós, e que no nosso calendário corresponde ao dia 16 de julho.
A partir deste calendário, os astrólogos egípcios elaboram um zodíaco dividido em doze signos, correspondentes aos doze meses do ano, cada um dos quais regido por um Deus.
Dessa maneira, cada signo é representado por uma divindade que, além de dirigir os acontecimentos durante aquela época do ano outorga suas próprias características às pessoas nascidas sob a sua regência.
Veja na tabela abaixo qual o seu signo no horóscopo egípcio.

Data de Nascimento
Signo - Deus


16 de julho a 15 de agosto

16 de agosto a 15 de setembro
Neit
16 de setembro a 15 de outubro
Maat
16 de outubro a 15 de novembro
Osíris
16 de novembro a 15 de dezembro
Hátor
16 de dezembro a 15 de janeiro
Anúbis
16 de janeiro a 15 de fevereiro
Bastet
16 de fevereiro a 15 de março
Taueret
16 de março a 15 abril
Sekhmet
16 de abril a 15 de maio
Ptah
16 de maio a 15 de junho
Tot
16 de junho a 15 de julho
Ísis

Horóscopo das Árvores

Na antiga Gália, o povo vivia em estreita relação com imensas florestas. Elas forneciam a caça, troncos e madeira para construir as cidades, e representavam um refúgio seguro em caso de ataque de outros povos.
Tal era a importância destas florestas, que os druidas (classe sacerdotal gaulesa) criaram um horóscopo baseado nas árvores que ali cresciam.
Para encontrar seu signo das árvores, procure pela data de seu aniversário na tabela abaixo.

Data de nascimento
Árvore
21 de março – equinócio de outono
Carvalho

21 de junho – solstício de inverno
Ipê

23 de setembro – equinócio de primavera
Oliveira

21 de dezembro – solstício de verão
Jacarandá

22 de dezembro a 1 de janeiro / 24 de junho a 4 de julho
Goiabeira

2 de janeiro a 11 de janeiro / 5 de julho a 14 de julho
Cedro

12 de janeiro a 24 de janeiro / 15 de julho a 25 de julho
Quaresmeira

25 de janeiro a 3 de fevereiro / 26 de julho a 4 de agosto
Cipreste

4 de fevereiro a 8 de fevereiro / 1 de maio a 14 de maio
Amoreira

9 de fevereiro a 18 de fevereiro / 14 de agosto a 23 de agosto
Coqueiro

19 de fevereiro a 28 de fevereiro / 24 de agosto a 2 de setembro
Pinheiro

1 de março a 10 de março / 3 de setembro a 12 de setembro
Salgueiro

11 de março a 20 de março / 13 de setembro a 22 de setembro
Eucalipto

22 de março a 31 de março / 24 de setembro a 3 de outubro
Cajueiro

1 de abril a 10 de abril / 4 de outubro a 13 de outubro
Bambu

11 de abril a 20 de abril / 14 de outubro a 22 de outubro
Manacá

21 de abril a 30 de abril / 24 de outubro a 2 de novembro
Paineira

15 de maio a 24 de maio / 3 de novembro a 27 de novembro
Mangueira

25 de maio a 3 de junho / 22 de novembro a 1 de dezembro
Acácia

4 de junho a 13 de junho / 2 de dezembro a 11 de dezembro
Seringueira

14 de junho a 23 de junho / 12 de dezembro a 21 de dezembro
Figueira

Horóscopo Asteca











É um horóscopo originalíssimo baseado na Pedra do Sol.
Os Astecas criaram um calendário que se tornou conhecido como Pedra do Sol, devido ao círculo central que representa o astro. Esse calendário solar compreendia 360 dias, divididos em 18 meses com vinte dias cada um, os quais tinham o nome de animais, objetos ou fenômenos naturais que faziam parte de rituais religiosos.
Desta maneira, os dias astecas eram chamados de:
Cipactli (crocodilo);
Ehecatl (vento);
Calli (casa);
Cuetzpallin (lagarto);
Coatl (serpente);
Miquiztli (morte);
Mazatl (veado);
Tochtli (coelho);
Atl (água);
Itzcuintli (cão);
Ozomahtli (macaco);
Malinalli (corda);
Acatl (cana);
Ocelotl (jaguar);
Cuauhtli (águia);
Cozcacuauhtli (abutre);
Ollin (terremoto);
Tecpatl (faca);
Quiahuitl (chuva);
Xochitl (flor).
Para os astecas, cada amanhecer era o resultado de um violento combate do Sol contra a Lua e as Estrelas, tendo de vence-las para poder elevar-se aos céus e fornecer luz e calor a humanidade.


esse horoscopo é um pouco complicado posto aqui um site onde tem as tabelas e tudo mais para saber o seu signo http://br.geocities.com/lyndha2001/asteca/astecaindex.htm































Gnose (I)


GNOSE I
Os gnósticos, membros das muitas seitas secretas, desde a Antiqüidade, consideravam que o verdadeiro caminho para a Salvação era o Conhecimento Espiritual e não a fé ou as ações. Todas estas seitas, naturalmente, foram muito influenciados por conceitos mágicos derivados das misteriosas religiões do Oriente.Embora, a mão de bonze acima costume ser interpretada como um símbolo de aproteção contra o "mal-olhado", é quase certo que, para o iniciado gnóstico, seu proprietário original, tivesse um significado bem mais profundo. Talvez simbolizasse o nome de Abraxas, o qual aparece talhado em muitos dos amuletos gnósticos. A cabeça de carneiro é um símbolo de Júpiter e a pinha sobre o polegar significa espiritualidade e reencarnação. Idem a serpente espiralada, embora, para esta, sempre se possa encontrar outros atributos...Abraxas era mais do que um deus comum: era o Senhor do Primeiro Céu e do ciclo do Renascimento, Morte e Ressurreição. Escreve-se seu nome em grego e se substituem as letras por seus equivalentes numéricos. A soma dará um total de 365, número de dias do ano solar.

A crença gnóstica tem um verdadeiro panteão de seres e entidades, quase todas "não-nascidas", uma mitologia própria, entre eles, o sempre mal compreendido Abraxas, aquele que nos força à busca da Gnose, e, segundo Jung ,"o criador e destruidor de seu próprio mundo, ao mesmo tempo o deus e o destino do homem". Abraxas é aquele que desmascara a farsa do demiurgo, o criador invejoso do Gênesis. Embora as gematrias de Abraxas, tanto em grego quanto em hebraico, totalizem 365, ele não é propriamente um deus ou uma energia astrológica.

Estaria bem além da astrologia e o número 365 demonstra um ano, um ciclo e uma época. Mas também o TEMPO e uma prisão...Contudo, ele representa a possibilidade de quebra destes ciclos criados pelo demiurgo, ou Saclas, identificado com Saturno, o Senhor dos Ciclos.Abraxas coresponde à libertação de qualquer grilhão, tanto os cíclicos, quanto aqueles que estão além das racionalizações.A mais elaborada forma de racionalização dos ciclos é a própria astrologia, da qual "devemos nos libertar um dia". Abraxas é o grande Incitador, aquele que nos impele para além dos limites da consciência e nos aparta de qualquer sistema de racionalização. Mas aconselha também o silêncio, para que nos livremos de dizer o indizível... Abraxas representa a Força Original de Deus, oculta em cada átomo, portanto, onipresente, pois não há em todo Universo, qualquer lugar onde esta Força Original não se faça presente.

Para seus devotos, é ele quem capacita o Verdadeiro Homem a realizar o Plano de Deus, plano este que seria a Base do Universo. Por esse motivo, a Sétima Região Cósmica é denominada o "Jardim dos Deuses", a Grande Oficina Alquímica. O Verdadeiro Homem, nascido de Deus, deve ingressar nessa Oficina para, mediante sua atividade, "engrandecer" a Idéia de Deus. Por isso, a Escritura Santa diz que o Homem foi criado para engrandecer a Deus, para engrandecer a Majestade de Deus; e por isso a Filosofia Hermética fala de Abraxas e de suas Quatro Emanações.(Não é um catecismo muito estranho, não... Aliás, por alguma razão, nos soa até bem familiar... )

Porém, a Força Original de Deus contém em si quatro outras qualidades, a saber: Amor, Sabedoria, Vontade e Atividade.

Dizem os iniciados que "o princípio fundamental da Substância Original e as Quatro Emanações daí emergentes se relacionam entre si como uma Estrela de Cinco Pontas, como um Sol Universal, como Abraxas, resplandecendo, em brilho e majestade". Aquele que, da única maneira correta, quer liberar as forças entranhadas na Substância Original e almeja aplicá-las à Vida, precisa conhecer bem todos os segredos da Fórmula e usá-los na ordem correta.

Gnose (II)

GNOSE II
Penso que seria válido falar um pouquinho sobre as origens da Magia Ocidental, até porque, se você dispuser de um referencial mais amplo, saberá quais conhecimentos gostaria de aprofundar melhor.
O neoplatonismo foi um movimento tardio do segundo século d. C., embora, criado dentro de uma mentalidade religiosa já arraigada, pois seus antecedentes, digamos, imediatos, foram o platonismo místico-religioso do neopitagorismo ( Sócion, Apolônio de Tiana, Nicômaco de Gerasa, Numênio de Apamea), além do neoplatonismo da escola judaico-platônica de Alexandria, representado por Filon.

Todavia, esta é uma página de "magia e bruxaria", naturalmente, sem qualquer pretensão a discorrer sobre "história da filosofia". Entretanto, acredito que um pouquinho de conhecimento sistemático não ocupa tanto lugar assim...E já que estou mesmo com a “mão na massa", aproveito para lembrar que, no cristianismo, também houve um movimento paralelo, bem manifestado na filosofia platônico-religiosa patrística, superando, em parte, o neopitagorismo, mas que acabou se desenvolvendo também como neoplatonismo.

De forma um tanto arbitrária (mas bem didática), existe o recurso de se enquadrar a evolução do neoplatonismo identificando suas três fases principais, que acabam correspondendo a três das escolas mais importantes, identificadas e nomeadas por seus principais núcleos:

1) Escola de Alexandria, representada por Amônio, Plotino, Amélio e Porfírio, com preocupação metafísica e ética.

2) Escola Siríaca, cujo expoente máximo foi Jâmblico, direcionado, principalmente, para a teologia politeísta.

3) Escola Ateniense, sistemática, cujos principais representantes foram: Proclo, Simplício Damáscio.
Em torno dessas três escolas principais e seus mestres, gravitaram, entretanto, outros grupos e nomes, igualmente classificados como neoplatônicos, os quais, embora menos expressivos, certamente também possuíram alguma relevância:
1) Escola de Pérgamo, à qual pertenceram os mestres de Juliano, o Apostata.

2) Escola de Alexandria de Asclépio, Olimpiodoro e Davi o Armênio.

3) Os neoplatônicos do ocidente latino, Macróbio e Boécio.
As informações sobre este tema são muitas vezes lacônica e confusas. Um dos poucos casos onde não ocorre solução de continuidade é no caso de Plotino e da Escola Neoplatônica de Alexandria, pois Porfírio, o Fenício, tratou de biografar cuidadosamente seu mestre e ainda se deu ao trabalho de ordenar-lhe as obras. Além disso, mencionou os outros nomes.
Na verdade, o neoplatonismo gerou uma linguagem filosófica adequada para o tratamento racional das doutrinas religiosas. Isso fez com que todas as religiões do período final do Império Romano pagão desenvolvessem rapidamente suas teologias (ou "corpos dogmáticos"), fato que influenciou, sobretudo, o cristianismo oficial.

O zelo pelas particularidades doutrinárias passou a ser tamanho, que os teólogos chegavam a convocar concílios, onde os assuntos teológicos, curiosamente, eram resolvidos por votação numérica...Passou-se assim ao estabelecimento de dogmas, cuja não aceitação tinha efeito excomunicatório, eliminado do grupo todos os discordantes, naturalmente, relacionados como hereges...Aliás, a igreja cristã, que também herdara desta fase neoplatônica-religiosa, a tendência para as definições teológicas, fez desse dogmatismo uma de suas características mais odiosas e brutais, fato que acabou resultando, durante sua escalada final rumo ao poder, na tortura e assassinato de milhões de pessoas acusadas de bruxaria e/ou heresia.

Gnose (III)


UMA COISINHA OU OUTRA SOBRE PLOTINO
Nasceu no Egito, em Licopoli e foi discípulo de Sacca. Participou de uma investida contra os persas e talvez tenha tomado contato com a filosofia persa e indiana, se é que estas são consideradas como tal. Sua aversão pela matéria ia ao absurdo de não se permitir comentar sua própria vida terrena.Parecia envergonhar-se de ter um corpo, dificilmente falava de seus pais ou de sua pátria e jamais admitiu posar para um pintor ou um escultor.Apesar disto, no museu do Vaticano, conserva-se um busto, presumivelmente, dele.As Enéadas foram sua grande obra e ele asescreveu em grego, mesmo já morando em Roma. Aliás, como o Mestre era um tanto desordenado, à medida que escrevia, passava os textos ao seu discípulo, Porfírio, que os organizou em 6 livros, com 9 tratados cada um. Daí o nome "Enéadas".Para demonstrar suas teses ele usa muito o recurso do diálogo entre seus ouvintes e amigos.Percebe-se a exaltação final da inteligência ou do mundo inteligível ao qual se podem elevar as mentes capacitadas.Seu estilo parece, às vezes, obscuro, outras, brilhante e dotado de imagens bem interessantes. Parábolas ou comparações engenhosas sugerem uma compreensão quase clarividente de ideais elevados. Na altura, as pessoas ansiavam por determinados ensinamentos e Plotino lhes dava o que pareciam precisar.Dê uma olhadinha na relação dos tratados (bastam os títulos) das Enéadas, segundo Porfírio, e você entenderá melhor o que tento explicar:I - Enéada: 1) Que é o animal? 2) A virtude? 3) A dialética? 4) Da felicidade: 5) Se a felicidade se acresce com o tempo. 6) Do belo. 7) Do primeiro bem e dos outros bens. 8) Que é o mal e donde ele vem. 9) Do suicídio razoável. II - Enéada: 1) Do mundo ou do céu. 2) Do movimento do céu ou movimento circular. 3) Da influência dos astros. 4) Das duas matérias. 5) Que quer dizer em potência e em ato. 6) Da qualidade e da forma. 7) Da mística total. 8) Porque os objetos vistos de longe parecem pequenos. 9) Contra os que dizem que o Demiurgo do mundo é maldoso e que o mundo é mau.III - Enéada: 1) Do destino. 2) Da providência I. 3) Da providência II. 4) Do demônio que nos recebeu em partilha. 5) do amor. 6) Da impossibilidade das coisas incorporais. 7) Da eternidade e do tempo. 8) Da natureza, da contemplação e do Uno. 9) Considerações diversas. IV - Enéada: 1) Da essência da alma I. 2) Da essência da alma II. 3) Dificuldades relativas à alma. 4) Dificuldades relativas à alma II. 5) Dificuldades relativas à alma III. 6) Da sensação e da memória. 7) Da imortalidade da alma. 8) Da descida da alma para dentro do corpo. 9) Reúnem-se todas as almas numa alma única? V - Enéada: 1) Sobre as três hipóteses que são princípios. 2) Da geração e da ordem das coisas que vêm após a primeira. 3) Das hipóteses que conhecem. 4) Sobre o Uno. 5) Do Bem. 6) Do ser que não pensa, do primeiro e segundo que pensam. 7) Há idéias de coisas particulares. 8) Da beleza inteligível. 9) Sobre a inteligência, as idéias e o ser. VI - Enéada: 1) Dos gêneros do ser, I. 2) Dos gêneros do ser, II. 3) Dos gêneros do ser, III. 4) Do Uno e idêntico, que está em toda a parte, I. 5) Ibidem II. 6) Dos números. 7) Como nasceu a multiplicidade das idéias: do Bem. 8) Da liberdade e da vontade do Uno. 9) Do bem e do Uno. O pensamento de Plotino, embora muito menos elaborado e mais fantasioso, lembra um pouco o de Platão, pois mantém a distinção específica entre os sentidos e a inteligência.Contudo, no que se refere à questão dos inteligíveis num outro mundo, Platão e Plotino divergem. Enquanto Platão separa o Demiurgo e as idéias reais arquetípicas, Plotino situa as idéias dentro do Uno. Este assunto irá interferir diretamente na posterior determinação da natureza metafísica de Deus.Em Plotino se encontra também o princípio platônico dos graus de perfeição, que supõem sempre a existência de um grau máximo. Teoricamente, conhecidos os graus da Natureza, eles acabarão nos levando a este grau último, o Uno, ou Deus. Aliás, o deus de Plotino está tão para além de tudo que ele o chamou “Uno”. Mas a conseqüência deste raciocínio leva à conclusão de que a inteligência humana acaba ficando na dependência direta desta inteligência perfeita. Neste caso, nossa própria inteligência seria um mero reflexo da “outra”, a perfeita... Deste modo, como os sentidos são incompetentes, pois só conhecem as coisas exteriormente, ficariam impossibilitados de receber os inteligíveis por impressão externa.Agostinho aproveitou de Plotino esta imagem da inteligência como reflexo da luz divina e falará até mesmo de uma “iluminação divino-natural” para explicar a existência dos conceitos universais.E assim Plotino passa a realmente a divergir de Platão, pois para este, as idéias universais são, elas mesmas, reais. Plotino, contudo, as imagina como situadas em Deus. “O Uno está acima da Inteligência e este Uno é de natureza totalmente transcendente, com as propriedades de divindade. Uno é imóvel e o espírito (nous) flui dele. Da Inteligência, flui a Alma do mundo”.( A alma do mundo é um princípio semelhante ao fogo racional dos estóicos, que conteria as almas individuais.) Por fim, da alma fluiria a matéria. Como se pode observar, as maiores preocupações de Plotino fixavam-se em torno das causas do ser. Ele nunca chegou a imaginar que, talvez, a tal "causa primeva não causada” pudesse ser livre em sua ação criadora. Para ele toda a causa perfeita, necessariamente, cria. Assim, as emanações do Uno são automáticas e já ocorreriam desde a eternidade. E esta seria a razão pela qual as tais emanações “automáticas”, são também necessariamente eternas. E por conta disso, o mundo, embora “criado”, também é eterno.A vulnerabilidade do sistema metafísico de Plotino se manifesta particularmente nesta concepção do Uno. Ele não concebe uma “verdadeira divindade (se é que tal seria possível), ou seja, um ser capaz de reunir em si mesmo todas as possibilidades causais, sendo, ele mesmo, “não causado”.Em Aristóteles, por exemplo, a especulação metafísica da realidade fundamental, a noção do Uno, aparece de maneira completamente diferente destes grupos, Sejam eles pitagóricos, platônicos, estóicos ou saídos da cabecinha do Plotino.Para ele, bem como para os peripatéticos que o sucederam, toda a realidade, de qualquer modo, sempre é ser. A unidade entra aí apenas como uma de suas propriedades transcendentais, isto é, sempre acompanha qualquer das categorias do ser. Por isso, o Uno e o Ser são mais ou menos intercambiáveis: tudo que é Ser é Uno; tudo o que é Uno, é Ser.Todavia, o "Uno" de Plotino guardaria ainda algumas características especiais: "Ele é a realidade primeira, mas não é inteligência por ser anterior à inteligência, já que a inteligência se conta entre as coisas existentes”. Donde, se ele não é algo de existente, pois é anterior a tudo, tampouco poderia ser um “ ser”, pois o ser tem como forma, a forma do ser e Deus é desprovido de qualquer formalidade. Como principalmente a essência da unidade é a produtora de todas as coisas, Deus não poderia ser nada disso.Ai, Ai.... Acho que é por conta disso que os catecismos teósofos se referem a Deus como “Aquilo”... Bom.. Um belo amontoado de palavras, mas sou forçada a admitir que tudo muito bem amarradinho...A transcendência de Deus é uma doutrina que se enquadra especialmente bem no aristotelismo. Tomás de Aquino levará isso ao pé da letra e demonstrará como Deus é a sua essência e a sua existência, portanto, totalmente simples, fundamentalmente distinto dos seres contingentes, porque estes são compostos de ato e potência. Deus transcende ao mundo, porque dele se distingue e o supera por efeito de sua mesma noção de ente simples em toda a sua totalidade. Aristóteles, porém, embora chegasse à noção de um Deus simples, não insistiu na explicitação da propriedade dali resultante, que é a de sua transcendência, pela qual ele o colocava num plano fundamentalmente diverso, parecido com o de Aquino apenas por analogia.Plotino explicitará amplamente a doutrina da transcendência, até porque estava estimulado pelo neopitagorismo generalizado, insistindo no lado religioso e místico da realidade total. Outra diferença vista em Plotino é a introdução das idéias singulares.Para Platão e Aristóteles idéia é sempre universal, apenas o conhecimento sensível seria singular. Porém, Plotino, alegou que negar a ocorrência de idéias singulares é excluir a si mesmo do mundo inteligível. Como se vê, ele não atribuiu déias arquetípicas a Deus, "Deus mesmo", mas a um ser intermediário. Neste particular discordarão dele, Agostinho de Hipona e Scoto Erigena.Todavia, com Aristóteles e quejandos (ou apesar deles) Plotino fez um sucesso impressionante entre seus contemporâneos, compatriotas ou não. Sua obra foi traduzida para o latim, ainda na Antiguidade romana, por Marius Victorinus e lhe garantiu ampla influência. Provavelmente, teria sido esta tradução que Agostinho de Hipona leu, já na fase final sua conversão.Sem querer ser implicante, penso que ele foi uma espécie de "Paulo Coelho" da Antigüidade, muito embora, eu reconheça que fosse capaz de pensar.. Todavia, ainda teve a vantagem extra de um glorioso "revival", quase 1300 anos depois, por volta do século XV, quando foi "recuperado" e retraduzido para o latim por Marcílio Ficino que, só por isso, bem merecia estar, até hoje, queimando no Mármore do Inferno....

Poesia Lady macabra

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Decifra-me ou Devoro-teInsano tu és em mim.Teu desejo mórbido por minha carne me destrói.O egoísmo de ter-me só pra si.Minhas lagrimas não tem sabor.Meu sofrimento é incolor pra tiTeus lábios são insípidos.Insano és tu em mim.Tu és diabo.Tu és morte e vida.Tu és amor e ódioEu te repudio e idolatro.Eu te amo e te odeioTu és meu tudo e meu nada.Minha vida e minha morte.Tua insanidade me procura.Me destrói... Numa roda viva.Me mata... Numa morte viva.Me renasce... Numa vida morta.Minha lucidez não parece tão lúcida, diante do meu desejo por tua insanidade.Meu medo desaparece quando estou ao teu lado.Amo-te sem explicação.Insano és tu em mim.Decifra-me... ou... Devoro-te.Pois não há lucidez que explique nosso amor.By Lady Macabra Bathory

Poesia Lady macabra

Nos jardins suspensos de teus sonhos, eu estou aqui.A solidão me acompanha todas as noites.Em prantos caiu, na solidão afogo-me.Tu partisses e não mais votaste.Pergunto-me onde estas.Procuro-te em outros sorrisos.Procuro-te em outros corpos.Não consigo mais viver sem ti.Em mórbidos pensamentos me perco.Ouvindo fúnebres melodias de morteEu me preparo para o desfecho de minha vida de ilusões.Não adianta chorar.Tudo se foi...Mas continuo aqui a te esperar.Em mórbidas e sofridas palavras em me despeço deste mundo cruel.Apenas um olhar de carinho teu quero cativar.Depois que tudo se foi percebi,que na verdade o que sempre quis estava aqui.Mas eu estava cega de mais para enxergar.† By Lädy Mäcäbra †